Com o motor consertado, ainda ficamos uns dias por
Raiatea: mais um grande swell onde o Kauli se esbaldou. Em Tahaa, ilha vizinha
onde fomos a seguir, foi a vez da Nana se esbaldar mergulhando horas a fio com
os peixes palhaço, sua paixão.
Bora-Bora, mais um grande swell - esse cara parece que
atrai ondas grandes...
Já que decidimos esperar o mar melhorar antes de navegar
para as ilhas Cook, o Sr. Seadi se deu bem de novo. A coisa estava tão séria
que tinha onda em lugares que nunca havíamos visto. Parceirão, o Kauli insistia
para que eu fosse também, mas sem condição. O normal e tranquilo pra ele é
completamente assustador e impossível para o velhinho aqui. Mas todos nos
divertimos muito velejando de kite e mergulhando com as arraias e tubarões
limão.
Próximo destino - Maupihaa, uma das ilhas mais a oeste na
Polinesia Francesa, ainda mais interessante por ser um atol minimamente
visitado. O passe de entrada ao lagoon é o mais estreito e um dos mais
perigosos, o que desestimula a maioria dos navegadores.
Mas estávamos nos sentindo valentes e resolvemos tentar.
Bem, o passe é estreito meeeesmo e com uma correnteza infernal. Mas deu tudo
certo e ancoramos em 8 metros de água. Diversos tubarões vieram nos dar as boas-vindas.
O primeiro mergulho para olhar a âncora revelou inúmeros coqueiros espalhados
pelo fundo, resultado de um ciclone que devastou a ilha alguns anos atrás.
Já na primeira tarde ficamos amigos do Hio, um dos 17
habitantes do atol e fomos espetar uns peixinhos dentro do lagoon, numa área
super rasa e infestada de tubarões. O Hio arpoava os peixes, rapidamente os
levantava sobre a água e nadava para o bote. Quando algum tuba mais afoito se aproximava,
golpeava fortemente à superfície com a mão livre, segundo ele o suficiente para
espantar os bichos.
O melhor ainda estava por vir, pois nos próximos dias nos
dedicamos a mergulhar do lado de fora do atol, próximos à um naufrágio. Aquele
paredão de coral, água com uma visibilidade absurda, peixes de bom tamanho, e
claro, muitos tubarões.
Mergulhei com o arpão amarrado a um cabo e boia, a boia
na mão da Paula, no bote.
Avistávamos um peixe no fundo, eu descia, arpoava e a
Paula rapidamente puxava o cabo e peixe para dentro, sempre seguidos de perto
pelos ávidos tubarões. Logramos vários, mas alguns perdemos - os tubas levavam
o peixe e as vezes o arpão junto. Emocionante, e o Janjao firme lá filmando o
que podia.
Na volta à ilha, churrasco na praia. Numa fatídica noite
aceitamos o convite do Hio para pegar lagostas na barreira de coral. Programa
incrível, munidos de lanternas ficamos horas caminhando na barreira, com as
ondas quebrando muito próximas. O Hio tirou de letra, apanhou diversas lagostas
e caminhava sem dificuldade. Mas para a gente virou uma roubada. Cansados, com
os pés arrebentados, ninguém queria mais saber de lagosta.
Após dias maravilhosos, deixamos Maupihaa com tristeza,
foi uma despedida incrível da Polinésia francesa. Fomos acolhidos de maneira
extraordinária até pelos padrões locais, inesquecível. E os mergulhos também
não sairão da memória.
Chegamos a Aitutaki, ilhas Cook depois de 3 dias
navegando calmamente, um sossego. O passe, dragado, era muito estreito e
sinuoso, decidimos não arriscar e usamos uma poita imensa do lado de fora da
barreira de corais. Velejamos de kite em um motu ao sul do lagoon, perfeito.
Muitas filmagens, tomadas de drone e passeios pela ilha.
Em seguida, Beveridge Reef, um anel de corais semi-submersos
no meio do nada. A caminho muito vento e mar, bem desconfortável. Na primeira
noite ancorados sofremos com muito vento e chuva, não se via nada. Sabíamos que
estávamos próximos aos corais e se a âncora soltasse do fundo ia ser um
desastre. Como não se via nada, caso tivéssemos que nos mover não daria para
saber nem para onde ir, já que as cartas eletrônicas não são precisas neste
local e radar também não ajudava. Motoramos em marcha lenta apontados para o vento
e de olho na profundidade durante toda a madrugada.
Conferimos a âncora no dia seguinte e estava ótima, super
bem unhada, não iríamos sair do lugar. Mas enfim, o seguro morreu de velho.
Acabamos ficando quase uma semana, sozinhos no mundo,
esperando mar e vento acalmarem. E estava frio. Nossos vídeo-makers mais uma
vez filmaram muito. Nos intervalos, tranca e pesca. O desafio era trazer o
peixe para dentro do barco antes dos tubarões abocanharem. Kauli e Janjao se
divertiram a valer enquanto aguardávamos uma boa janela de tempo para nossa
perna até Niue.
Assim que o tempo melhorou zarpamos e chegamos a Niue com
poucos dias para aproveitar, já que o tempo iria virar de novo e preferíamos
estar em Tonga antes que isto acontecesse.
Aproveitamos intensamente este curto período, mergulhando
e percorrendo as inúmeras cavernas. Usamos um carro alugado e o drone novamente
possibilitou imagens incríveis.
A maior decepção foi da Nana, que queria mergulhar por lá
e teve o mergulho cancelado pela operadora no único dia que tínhamos
disponível.
A passagem para Tonga foi com mar e vento razoáveis, de
traves, o que judia bastante do barco e da tripulação. Poucas horas depois da nossa
saída o barco começou a se comportar de maneira estranha e após alguns momentos
de não entendermos o que estava acontecendo notamos que estávamos sem o leme de
bombordo. O eixo, 30 mm de aço inox, partiu-se rente ao casco. Ainda bem que
temos dois. O que sobrou nos levou até Neiafu, Tonga. Mas foi tenso.
Em Neiafu, a chegada foi como sempre é: alfandega,
imigração, controle sanitário etc. Pós burocracia e rápido provisionamento,
fomos rapidamente visitar algumas ilhas para que nossos amigos aproveitassem um
pouco do lugar antes de voltarem ao Hawaii e Brasil.
Finalmente o Kauli conseguiu velejar de windsurfe nas ondas, apesar das condições (na opinião dele) não serem as ideais. Mas os poucos dias renderam imagens lindas de drone, velejos de kite e free style no windsurf.
Mas não foram só as maravilhas da natureza que nos aguardavam por aqui. Nossos queridos amigos do Lil'Explorers, família que conhecemos em 2013 no Panamá, nos deram as boas vindas de uma forma inusitada! Uma mensagem numa garrafa cuidadosamente escondida entra tantas outras numa cafeteria local! Bom receber o carinho dos amigos e se sentir em casa. De lambuja ainda ganhamos um guia de navegação local e um chip de celular, preciosidades! Obrigado Lil'Explorers, nos vemos em breve em qualquer outro canto.
Depois de 2 meses de convivência intensa, nas roubadas e nas euforias, nossos queridos amigos embarcaram com toda a tralha num ferry boat que os levou até Tongatapu. O barco ficou deserto e silencioso e nós também - já estávamos acostumados e nos divertindo com os takes, links, drones, áudios, entrevistas cavernas, as discussões de roteiro, aos pedidos do Kauli para chegarmos ainda mais perto das ondas... Mas já tá tudo combinado. Um dia desses, antes cedo do que tarde, vamos gravar mais alguns episódios de Waterman juntos.
Finalmente o Kauli conseguiu velejar de windsurfe nas ondas, apesar das condições (na opinião dele) não serem as ideais. Mas os poucos dias renderam imagens lindas de drone, velejos de kite e free style no windsurf.
Mas não foram só as maravilhas da natureza que nos aguardavam por aqui. Nossos queridos amigos do Lil'Explorers, família que conhecemos em 2013 no Panamá, nos deram as boas vindas de uma forma inusitada! Uma mensagem numa garrafa cuidadosamente escondida entra tantas outras numa cafeteria local! Bom receber o carinho dos amigos e se sentir em casa. De lambuja ainda ganhamos um guia de navegação local e um chip de celular, preciosidades! Obrigado Lil'Explorers, nos vemos em breve em qualquer outro canto.
Depois de 2 meses de convivência intensa, nas roubadas e nas euforias, nossos queridos amigos embarcaram com toda a tralha num ferry boat que os levou até Tongatapu. O barco ficou deserto e silencioso e nós também - já estávamos acostumados e nos divertindo com os takes, links, drones, áudios, entrevistas cavernas, as discussões de roteiro, aos pedidos do Kauli para chegarmos ainda mais perto das ondas... Mas já tá tudo combinado. Um dia desses, antes cedo do que tarde, vamos gravar mais alguns episódios de Waterman juntos.
imagem: Nana&Kauli |
imagem: Nana&Kauli |
Valeu Nana e Kauli pela aula de wind! :-) |
imagem: Nana&Kauli |
imagem: Nana&Kauli |
imagem: Janjao |
imagem: Nana&Kauli |
imagem: Nana&Kauli |
imagem: Janjao |
imagem: Janjao |
imagem: Janjao |
imagem: Nana&Kauli |
imagem: Nana&Kauli |
Hi, Congratulations for your blog!!
ResponderExcluirI also have a blog, about philately: http://albumdeestampillas.blogspot.com
I intend to get visits from every country, and I dont have any from Tonga, so I would apreciate your visit.
Thanks,
Pablo from Argentina
Bom dia. Parabéns pelas belas fotos e pela entrevista com a Bel. Sua desenvoltura revela que você poderia produzir material como video repórter. Pensa nisso.
ResponderExcluirOlá Olimpio, muito obrigada pelo carinho e pelo elogio!! Foi uma delicia o bate papo com a Izabel, ela é uma simpatia e isso facilitou muito. Quem sabe um dia me animo e produzo algum material ;-) bjs e bons ventos
Excluir