sexta-feira, 10 de julho de 2015

Polinésia Francesa - abril e maio/2015

Raiatea, Ilhas Sociedade. Pois é, ainda estamos por aqui, na maravilhosa Polinésia Francesa.

Voltamos para o Pajé no início de abril, e após quase uma semana de limpeza e preparações, recebemos a Camilla e Leandro em sua lua de mel. Filha de nossos queridos amigos, pensamos que o melhor presente seria uma temporada conosco por aqui. Claro que eles teriam que aguentar minha chatice, mas nada nesse mundo é perfeito.

No final, foi um presente para a gente. O Leandro se revelou um marujo aplicado, companheiro na cachacinha. Também nos ensinaram a jogar truco, até então uma lacuna em nossa formação cultural.
Para mim foi uma experiência quase transcendental, pois cada vez que olhava a Camilla via o Flavio e/ou a Susi (os pais). Os sem vergonhas nunca nos visitaram - não tiveram tempo, coitados, só estamos no barco há 10 anos...

Bem, a Polinésia Francesa fez bonito, como sempre. Curtimos muito Moorea, Tahaa, Bora Bora. Finalmente conseguimos mergulhar com as arrais mantas, um arraso.
Os pombinhos nos deixaram e foram terminar de ajeitar a nova casa e iniciar uma nova fase. Felicidades, voltem logo!

Outros pombinhos estavam nos planos agora: Kauli e Nana, que havíamos encontrado em Galápagos e convidado para fazer a perna Polinésia – Tonga conosco.

Estávamos em Bora-Bora, obviamente o vento para voltar a Papeete estava contra, tínhamos uma data para encontra-los e, durante a navegada, um dos motores sofreu com o combustível sujo. Aquelas noites que vc prefere esquecer.

O importante é que nos encontramos na data e local combinado e embarcamos toda a tralha: pranchas, mastros, velas, remos, drones, câmeras, tripés e o Janjão, compadre gente boa responsável pela captação das imagens.

A turma chegou junto com o primeiro grande swell deste inverno e o barco balançou como nunca na ancoragem em Papeete. Fizemos compras, reabastecemos e nos mandamos pra Haapiti, em Moorea, tentar as ondas. O passe estava complicado e tivemos que monitorar as series para entrar no momento mais apropriado (na saída foi a mesma coisa, quando entravam as ondas maiores o passe fechava... meda...).

O Kauli se esbanjou, detonou bonito as esquerdas de Haapiti. E quase detonou a gente também, de bote no passe, tentando obter os melhores ângulos. Maior que as ondas só os olhos arregalados da Nana e do Janjão quando o motor do bote morreu justo quando uma serie cabulosa entrou... aguenta coração. A única vítima foi um drone, que mergulhou e lá ficou.

Como o tempo e o vento ainda estavam bastante instáveis, fomos a Oponohu esperar uma janelinha para a navegada até Raiatea. Reencontramos o Markus e a Cathy do Itusca e conhecemos o seu recém-nascido Kai, quanta alegria. Muitos mergulhos com arraias e tubarões e a descoberta que tínhamos um vazamento de óleo num dos motores, através de um selo/vedação de acesso muito difícil. Aiaiai, pensei, lá vamos nós...

E lá fomos nos. Viemos a Raiatea e, claro, dois malditos parafusos não queriam sair de jeito nenhum. Conseguimos um mecânico, etc e tal e ao cabo de alguns dias – com a tradicional frustrante procura por pecas impossíveis de se encontrar – tudo foi resolvido.

Entrementes, fomos a um passe com ondas mumuzinhas e, com o estimulo do Kauli, consegui pegar umas ondinhas. Peguei mais ondas naquele dia que nos últimos 5 anos, nada como boa companhia.
Conhecemos nas ondas o Tutaina, o típico polinesio – simpático, sorridente e super hospitaleiro. Daí foi um passo para ele nos levar a uma exposição de artesanato das Ilhas Austrais e ao marae Taputapuatea, o mais importante da Polinésia Francesa, lugar da reunião dos chefes políticos e religiosos da antiguidade. Como o Tutaina é o repórter da TV polinésia para as ilhas de sota-vento, aproveitou e entrevistou a Paula durante o evento. Tenho certeza que o canal bateu recordes de audiência!

Ele também nos deu uma aula sobre as tradições e ritos, da importância de se visitar o marae quando se chega a uma ilha e pedir proteção, sentir e receber o manah, a energia divina. Ele nos conduziu pelo marae, e de mãos dadas, fez uma prece em polinesio. Foi de arrepiar e quando percebi que ele estava com lagrimas nos olhos, desabei e chorei muito também. A Paula veio no embalo.
Não canso de admirar este local, seu povo e cultura. Que coisa linda! Mauururu Tutaina!

Agora, estamos de olho na previsão de tempo e nos preparando para zarpar para as Ilhas Cook e depois, Tonga. Ainda bem que ainda teremos um tempinho para continuar aproveitando as maravilhas da natureza e cultura polinésia, já que Cook e Tonga também fazem parte desta grande nação.
Inté.



















foto: Camilla e Leandro











foto: Janjao







imagem: Nana e Kauli Seadi

imagem: Nana e Kauli Seadi


















2 comentários:

  1. Good morning, how are you?

    My name is Emilio, I am a Spanish boy and I live in a town near to Madrid. I am a very interested person in knowing things so different as the culture, the way of life of the inhabitants of our planet, the fauna, the flora, and the landscapes of all the countries of the world etc. in summary, I am a person that enjoys traveling, learning and respecting people's diversity from all over the world.

    I would love to travel and meet in person all the aspects above mentioned, but unfortunately as this is very expensive and my purchasing power is quite small, so I devised a way to travel with the imagination in every corner of our planet. A few years ago I started a collection of used stamps because through them, you can see pictures about fauna, flora, monuments, landscapes etc. from all the countries. As every day is more and more difficult to get stamps, some years ago I started a new collection in order to get traditional letters addressed to me in which my goal was to get at least 1 letter from each country in the world. This modest goal is feasible to reach in the most part of countries, but unfortunately, it is impossible to achieve in other various territories for several reasons, either because they are very small countries with very few population, either because they are countries at war, either because they are countries with extreme poverty or because for whatever reason the postal system is not functioning properly.

    For all this, I would ask you one small favor:
    Would you be so kind as to send me a letter by traditional mail from Tonga? I understand perfectly that you think that your blog is not the appropriate place to ask this, and even, is very probably that you ignore my letter, but I would call your attention to the difficulty involved in getting a letter from that country, and also I don’t know anyone neither where to write in Tonga in order to increase my collection. a letter for me is like a little souvenir, like if I have had visited that territory with my imagination and at same time, the arrival of the letters from a country is a sign of peace and normality and an original way to promote a country in the world. My postal address is the following one:

    Emilio Fernandez Esteban
    Avenida Juan de la Cierva, 44
    28902 Getafe (Madrid)
    Spain

    If you wish, you can visit my blog www.cartasenmibuzon.blogspot.com where you can see the pictures of all the letters that I have received from whole World.

    Finally, I would like to thank the attention given to this letter, and whether you can help me or not, I send my best wishes for peace, health and happiness for you, your family and all your dear beings.

    Yours Sincerely

    Emilio Fernandez

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    1. Saludos Emilio!
      Muchissimas gracias por su mensaje. And we'd love to be part of your dream! Your message, your history, your travelling by letters, it is a sweet way to contemplate life and other cultures. Congratulations and we wish you receive many letters from all over the world! We will send you a letter from Tonga with our best wishes to you. Cheers

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