quarta-feira, 12 de março de 2014

Islas Perlas - dez/13 a fev/14

2014 começou muito bem, esperamos que para vc também!

Começou bem por pelo menos dois motivos: o Ali em suas férias aqui e a Cristina, Suzan, Beto e Marcelo curtiram o feriadinho do ano novo com a gente em Las Perlas.

Por onde começar a contar agora é o problema. Vamos iniciar pelas coisas inusitadas então. Pela primeira vez na história deste barco nosso estoque de cervejas foi seriamente ameaçado e tivemos que buscar reforços num botequim numa ilha em plena véspera de ano novo. Olha, não devo mencionar números, mas posso dizer que não foi fácil. A geladeira mal dava conta de esfriar as latinhas tamanha rotatividade. 
Enquanto esperávamos as cervejinhas gelarem compensávamos com uísques e caipirinhas.

Não se poderia esperar que tamanho consumo não resultasse em uma quantidade também imensa de papo furado. Perolas nas perlas. Debates acalorados sobre tudo. Suzan de um lado, Marcelo do outro. Cris sempre dançando e/ou buscando a próxima geladinha. Beto, apesar de seriamente avariado com um problema na coluna não fez feio e acompanhou a galera.

Numa daquelas conversas que todo mundo gosta de ter, a famosa “quanto din-din se precisa para parar de trabalhar” um dos convivas para animar a discussão sugeriu, sustentou e defendeu ardorosamente que um mínimo de 15 milhões de dólares seria necessário para garantir conforto. Concordamos mas, por falta de alternativa, vamos vivendo sem conforto mesmo...

Destaque esportivo ficou com a Suzan, que além de mandar muito bem no esqui também fisgou um badejinho, fotografado e devolvido a agua. Outro destaque que não podemos deixar de mencionar foi o Marcelo, exímio pescador que se destacou por molhar todas suas iscas por horas a fio, sempre atento, mas sem muita atenção por parte dos peixes. Triste, mas acontece. O pessoal vem velejar de kite e o vento desaparece. O pessoal vem pescar e os peixes desaparecem. O que não muda é que as cervejas sempre desaparecem!
Claro que assim que o Marcelo foi embora os peixes voltaram e nossos sashimis de atum retomaram seu ritmo habitual.

Com o moleque muito wakeboard, mergulhos e praia. Os papos cada vez mais gostosos. Tá grande e já consegue ganhar de mim nas corridas curtas na areia. Nas mais longas o velhinho aqui ainda dá trabalho... 

Para o prazer (ou desespero, jamais saberemos) da Paula diversas noites nos encarregamos da cozinha. A receita, invariavelmente, era macarrão com aliche, bacon e ovos. Não torça o nariz, infiel! Se um dia tiver sorte poderá saborear esta iguaria. Ainda está em desenvolvimento, é verdade. Temos certeza que chegaremos a perfeição. Por enquanto ainda lidamos com a delicada questão das proporções de aliche, bacon, ovo, cebola etc.  Mas a pasta esteve sempre al dente!

Janeiro chegou ao fim, a moleza também e chafurdamos em manutenção e preparativos para uma navegadinha pelo pacifico sul. O sistema hidráulico dos lemes continuou a me fazer de palhaço e o selo mecânico recém-instalado também foi tortura. Trocar um dos estais diamante se transformou noutra novela.

Ainda bem que Jane, Murilo & Cia vieram passar o carnaval com a gente. Muito bom uma semana com amigos para relaxar. Visitamos nossas ancoragens preferidas nas Perlas e a pescaria rendeu bons peixinhos. 

Acho que o Murilo ficou com pena das manutenções e ajudou dando um trato nas carretilhas e varas de pesca, ficaram como novas. Num final de tarde tivemos uma das mais incríveis visitas até hoje. Um golfinho? (achamos que era uma orca pigmeia, mas não temos certeza), veio curioso até o barco e ficou nadando pela ancora e casco. Não satisfeito, veio até a popa, deu umas focinhadas carinhosas no bote e ficou encostadinho no casco um tempão, com a barbatana dorsal ao alcance das mãos. Que presente!

Outra interessante da natureza, mas aqui na ancoragem da cidade: fomos envolvidos por uma maré laranja, um cheiro de peixe assustador. Achamos que foi uma desova mega gigante. Pena sermos tão ignorantes, tanta coisa acontece e a gente não tem certeza do que está vendo. Mas pensando bem, toda nossa vida é assim, não? Nunca temos certeza se estamos entendendo de verdade.

A postagem tá curtinha porque andamos exaustos. Tanto que filamos uma excelente bóia no Guruçá com o Fausto e Guta e ainda não conseguimos retribuir. Outro maluco por aqui é o Flavio no Access, também as voltas com manutenção, costurar velas e tudo mais. Sonhamos com o dia, ou a noite, que possamos reunir todo mundo para uma sessão de risadas. 





































































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