Huahine - agosto/09

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A velejada de Moorea até Huahine foi uma boa surpresa. Saímos a tardinha, esperando motorar as 80 milhas e chegar ao amanhecer, juntamente com nossos fiéis amigos Beduína e Bicho Vermelho. Mas tivemos um ventinho na medida e velejamos tranqüilos a noite toda. As sete da matina, quase na boca do passe, fomos saudados por uma baleia que ficou ao nosso lado por uns bons minutos.

Logo após o passe viramos à direita e navegamos por umas seis milhas entre a barreira de corais e a ilha, por um canal muito bem sinalizado e com profundidades que variavam entre 5 e 40 metros. Ancoramos numa linda enseada no extremo sul, grande dica do Luiz e Marli do Green Nomad. Assistimos a um por do sol inesquecível, provavelmente o mais bonito que já vi até hoje. O mar estava tão calmo que, nessa mesma noite, vimos lua e estrelas refletidas perfeitamente em sua superfície.

O lugar oferece múltiplas possibilidades: caminhadas, mergulho, kite e surf. Apesar de estarmos sedentos por uma velejada de kite o vento não colaborou. Uma pena, há uma área enorme rasa e com aquela água maravilhosa, perfeita pra velejar de kite ou wind. Compensamos com atividades terrestres. Demos umas corridinhas ao final da tarde e bons passeios de moto pelas ilhas, pois na realidade Huahine são duas – Huahine Nui e Huahine Iti. Ambas lindas, muito recortadas e montanhosas, criando diversas baías bastante protegidas, excelentes abrigos para veleiros. Parávamos inúmeras vezes em algum ponto elevado ao longo da estrada para apreciar devidamente toda a beleza das montanhas, da vegetação e os incontáveis tons de azul e verde que a água adquire ao mudar de profundidade. Em um determinado ponto percebe-se nitidamente o contorno da cratera de um vulcão extinto a volta de uma baía.

Em uma volta de bote pelos arredores nos deparamos com o motu Araara, coisa de cartão postal. Kites a postos, não ventou e acabamos nos contentando em jogar frescobol, frisbee e catar conchas.

Duros na queda, descobrimos um pequeno passe, péssimo para se entrar com um veleiro, mas fabuloso para surfar. Para nossa sorte, o mar estava de médio para pequeno e as ondas eram do tipo “mumuzinhas”, tudo o que os velhos surfistas estavam precisando. Humilhados por Teahupoo, os valentes Hugo e Mario foram à forra! Ninguém segura a gente quando o mar está pequeno. Nos fartamos. Eu nem me lembrava mais quando tinha sido a última onda que tinha pegado. Quem sabe agora o pessoal do Itusca/Mormaii me aceita na turma...

Eu sei, eu sei... finalmente uma postagem pequena, nem precisam me agradecer. Mas não há de ser nada, já estou inventando um monte de novas lorotas para a próxima postagem!

Nana!