terça-feira, 27 de maio de 2008

Recife/Noronha - setembro/2007


A prévia da regata é quase sempre sacal. Um monte de barcos atulhados no Iate Clube sofrendo as vistorias da ANVISA e da Marinha. E tome mostrar medicamentos, alimentos, pirotécnicos, cartas náuticas, coletes salva-vidas, etc, etc, etc. Mas dessa vez foi inédito: um dos vistoriadores da marinha pediu um certificado do engenheiro naval atestando que o barco teria condições de efetuar a travessia! Ainda bem que o supervisor do sujeito percebeu o absurdo.

Mas isso passou e logo os amigos-tripulantes começaram a chegar: Alzir, regateiro de Lightning e cervejista convicto; Flávio, velejador de Hobie e amigo de anos; Luiz e Lúcia Helena, cervejeiros amigos de Ilha Grande e de batizados heterodoxos e o Nelson, baixista do The Doctors e veterano de velejadas no Pajé.


Todos a postos fizemos uma largada mediana e devagarzinho fomos nos ajeitando. O Alzir foi de trimmer (o camarada que regula as velas), o Flávio de navegador, a Paula de gerente geral das desorganizações Pajé, o Nelson e Mario de sonecas, o Luiz com a sua máxima Caguei! foi de filósofo e a Lúcia Helena foi de balde mesmo.

Os apelidos, como sempre, não tardaram: Asmir, Jasmir, Nilton, Fábio, Gigante, Valente, Roncador e o Seu Noronha, solícito marido de Louça Helena. Em um dos turnos, os meninos surpreenderam a Paula ao discutir acaloradamente sobre a novela, com palpites mil a respeito de quem matou quem, desempenho dos atores, etc. Depois dizem que mulher é noveleira...

Velejada magnífica e papo melhor ainda. Os Pirajás viraram Ubirajaras e depois Ubiratãs. Chegamos todos mais magros e amigos em Fernando de Noronha. A chegada foi o máximo, ao amanhecer com toda a tripulação trabalhando entrosadíssima e o DJ Nelson levantando a galera com uma seqüência de músicas impecável.



Ficamos felizes e orgulhosos: fizemos a regata em 40 h, chegamos em 35º na geral em um total de 86 barcos (atrás apenas de catamarãs e monocascos maiores ou de regata).






Aí foi aquele ritual de caipirinhas, cervejas e besteirol em um cenário de tirar o fôlego: Conceição, Sancho, Leão, Dois Irmãos e a linda capelinha, palco de nossas declarações de amor. Hospedamo-nos em duas pousadas e no Pajé durante as noites. Os dias passamos juntos pelas praias, botecos e restaurantes. Mais besteiras e risadas.
Mergulhamos em um naufrágio no portinho de Santo Antonio e nos divertimos descendo ao túnel formado pelos escombros do grande barco... Um congestionamento de peixes... Ei! Dá licença, quero passar!

O Trio Ternura composto pelo Asmir, Nilton e Fabio divertiu-se descobrindo seus estranhos hábitos noturnos. Dizem inclusive que um deles, gigante do mercado financeiro, tinha um baby-doll de seda dourado.

O Flávio voltou a São Paulo com um pedaço do leme de vento para o Alex soldar. Amigos são para essas coisas.



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