domingo, 23 de março de 2008

Abrolhos - agosto/2007





Manhã de terça-feira (07/8), sol nasceu e as baleias nos deram boas vindas. Abrolhos no visual!
Por volta do meio-dia, ancoramos bem próximos a Ilha Siriba em fundo de areia com uns três metros de profundidade. Água tão cristalina que avistávamos o fundo, corrente, âncora, peixes e tartarugas, um show!

Avisamos o pessoal da marinha e IBAMA de nossa chegada e abrimos nossas cervejas comemorativas.
A boa surpresa foi quando recebemos a visita de praxe do pessoal do IBAMA e o guarda do parque era o Maurício, conhecido de outras paradas do Pajé em Abrolhos.
E como era nosso dia de sorte, outro Maurício, do catamarã Sanuk nos ofereceu um delicioso dourado assado com batatas e cebolas, devidamente compartilhado entre a faminta tripulação do Pajé e o Maurício e Murilo. Dias depois, mais uma cortesia do Maurício – Sanuk: um catado de siri de lamber os beiços.

Visitamos as ilhas e nos encantamos com a companhia dos atobás, fragatas e gravinas.


Mario serviu de intérprete para os adoráveis James e Lorna, casal sul-africano que viaja com o catamarã Mind the Gap. Impossível esquecer os muffins preparados pela Lorna!

Passamos dias maravilhosos entre baleias, mergulhos, jogos de futebol na praia (para deleite do são-paulino Alex) e uma cachacinha amiga no Pajé após o expediente.

Se Abrolhos já parece incrível visto acima d’água, chega a emocionar visto debaixo dela. Com James e Lorna fizemos um mergulho na encosta da ilha Redonda. Encontros com tartarugas, frades, budiões e outras centenas de peixes multicoloridos. Água transparente, sorriso estampado no rosto e emoção no mergulho de mãos dadas. Que mais podemos querer?



Os mergulhos com o Ali foram marcantes, compartilhar seu entusiasmo, um presente. A água estava fria, mas ele não amarelou e ficávamos na água até o guri ficar com os lábios roxos, tremendo de frio.

E como tudo o que é bom pode melhorar conhecemos Lucas e Sandra, vizinhos do veleiro Santa Paz, que estavam com suas duas filhas pequenas a bordo.

Deixamos Abrolhos após 4 dias inesquecíveis e rumamos a Salvador.
O vento e o mar estavam muito bons e o leme de vento levou o barco com tranqüilidade até a madrugada, quando diversos pirajás (nuvens pesadas que trazem vento e chuva) nos mantiveram acordados. O vento foi refrescando, refrescando e o mar foi crescendo, crescendo até que pela manhã começou a ficar muito incômodo, estávamos só com a buja e um pouquinho da genoa e um mar grande de través chacoalhava bem. Os dois moleques nem deram bola para as ondas e continuaram no maior banzé.

Aí uma peça do leme de vento quebrou, aí o piloto automático parou de funcionar, aí o piloto reserva também necas de pitibiribas e aí o cansaço e a cautela falaram mais alto e resolvemos ir para Ilhéus, distante 10 horas de onde estávamos. Chegamos ao anoitecer e com a ajuda do pessoal do Iate Clube achamos um lugar para ancorar.
Só que a ondulação entrava na ancoragem e balançávamos pra dedéu. Um saco.

Mas como diria o filósofo, o jeito é fazer do limão uma caipirinha...
Aproveitamos muito a piscina e restaurante do Iate Clube. Alugamos um carro e fomos a Itacaré, Comandatuba, Serra Grande, Olivença e a molecada tomou sorvete na Praça de Ilhéus. As meninas tiveram seu dia de rainhas no Hotel Transamérica de Comandatuba com petiscos e caipirinhas à beira da piscina.

O mar e o vento continuavam grandes e diversos veleiros e pesqueiros estavam abrigados próximos a nós.

Enquanto esperávamos melhores condições uma semana passou voando e de repente estávamos levando os meninos e Andréa para o aeroporto. Coração ficou pequenininho ao ver o alemãozinho ir embora... Ele também fica tão chateado que na despedida evitou olhar nos olhos e entrou rapidamente na sala de embarque. Nó na garganta, lágrimas. Voltamos ao Pajé e nos mandamos naquela mesma tarde para Salvador, onde chegamos 15 horas depois, levando na mão, já que os pilotos automáticos e o leme de vento continuavam em greve.







Nenhum comentário:

Postar um comentário