Depois mais um outro voo longo pra Papeete, um ferry boat para Moorea e estávamos no Pajé. Chegar no meio do Pacifico, não importa o meio de transporte, é sempre demorado. O tempo ficou brocolho por uns dias e ficamos na marina esperando melhorar. Chuva, vento e um grande swell. Aproveitávamos para ir de moto ou bote até uma praia próxima para jogar bola e nadar.
Demos diversas voltas na ilha de moto, queria mostrar tudo ao guri. Num destes passeios enveredamos por uma via barrenta e a pobre Cotoca, que não é fora de estrada, sofreu. Havia um trecho com tanta lama que resolvi parar. Mas estava tão escorregadio que a moto começou a deslizar. Coloquei os dois pés no chão e eles também começaram a escorregar... A moto foi tombando devagarzinho prum lado e nos para o outro, em câmera lenta, comedia. Acabamos esparramados no chão, no meio da lama e rindo muito.
Chegamos a praia cobertos de barro e tome banho de mar para tirar aquela lama toda. E tomamos um pito da Paula, claro, quando voltamos ao barco.
Ai o tempo melhorou, saímos da marina e fomos curtir as diversas ancoragens maravilhosas de Moorea. Nadamos todos os dias, muito wake, bastante futebol, algumas corridas e sessões de ginastica. O melhor, como era de se esperar, foram os mergulhos. Visitamos diversas vezes as arraias e tubarões. Quando levávamos peixe éramos assediados incansavelmente. As arraias comem na sua mão, sobem nas suas costas, peito, rocam nas pernas, barriga. Há momentos que se e engolfado por três, quatro ao mesmo tempo. A Paula até tomou uma mordidinha carinhosa no cotovelo de uma arraia mais afoita. O Ali, sacana, jogou um pedaço de peixe em cima de mim enquanto eu filmava, em um lugar que não dava pé. Ele gargalhava em cima do bote enquanto eu estava no sufoco, com arraias por todo o lado, sem conseguir nadar. Moleque!
Continuamos aperfeiçoando nossa receita de macarrão com aliche e bacon. Estamos quase lá, perguntem a Paula. Pelo menos ela foi poupada em seu aniversário, quando jantamos num hotel com show de dançarinas. Mas o melhor prato mesmo e o poisson cru que ela prepara. Dourado cortado em cubinhos ou tiras, marinado na agua do mar e leite de coco com um pouquinho de suco de limão. Um pouquinho de cebola, tomate e pepino. Hmmmm
Conhecemos a Iara e o Celso, passando as férias com os filhos. A família, todos simpáticos, veio nos visitar. Os moleques farreando na agua e os adultos naquele papo gostoso no cockpit. Tao gostoso que perdemos a hora e quando fomos leva-los de bote de volta ao hotel, inicio de noite, foi uma aventura. Estávamos relativamente longe e o trecho entre o barco e o hotel e coalhado de corais e não há sinalização noturna. Demos uns totós na ida. Na volta, so o Ali e eu, breu total. Cumpadi, vou te contar... Avançamos aos poucos, sem bater em nada, mas foi bem emocionante. A Paula, esperta, havia ligado todas as luzes do barco para que nos localizarmos melhor.
No finalzinho das férias houve a formação de uma tempestade tropical e os avisos meteorológicos indicavam potencial de se transformar em um ciclone mais intenso, e pior, vindo para onde estávamos. O mar cresceu, ventou bastante e choveu pacas. Mas já estávamos na marina e no final a tempestade amainou e passou a 100 milhas de Moorea.
A Paula estava em Papeete neste período para pegar seu voo pro Brasil. O voo foi cancelado, adiado etc e tal e, tadinha, saiu do barco numa terça feira pela manhã e só conseguiu chegar em SP no sábado de madrugada. Um périplo daqueles.
Agora estamos todos em SP matando a saudade da família e amigos. Tá muito bom e nossa agenda está cheia! Muita pizza, churrascos, feijoadas, jantares. Oooo coisa boa. Desta vez estamos abusando também do Alex e Hanne, que emprestaram o carro e ainda nos convidam para churrascos, charutos...
Em março voltaremos ao Pajé para receber a Camila e o Leandro em lua de mel. Depois, rumo a Tonga com Kauli e Nana. Até lá.
PS. Apesar da agenda cheia, adoramos boca livre. Continuem nos convidando.