quarta-feira, 9 de maio de 2012

Kuna Yala - mai/12

Estivemos em Colon por 10 dias de bastante trabalho: receber e colocar a nova vela mestra, instalar um novo reversor (doloridíssimos $$$), refazer provisões, comprar peças, filtros, óleos e uma infinidade de outras coisas. Tudo deu certo (menos o novo bote que não chegou e nem vai chegar – agora estamos tentando reaver o dinheiro adiantado).

Em nossa passagem por Isla Grande revimos o Mané e Rafa do Brava que também estavam as voltas com o reversor quebrado, mas se divertindo bastante.

E nos divertindo bastante ficamos nesta última semana com a visita de Jane, Murilo, Gustavo, Adriana e Luiz. Turma da Ilha Bela que veio com muita animação. Até o tempo que andava meio brocolhô se animou e tivemos dias de muito sol e noites estreladas. Os mergulhos em equipe renderam bons peixes, magistralmente limpos pelo Murilo. Assim eu gosto, posso pescar a vontade sem ter que limpar e cozinhar.

Além dos muitos mergulhos, estreamos a nova vela, fizemos longos passeios e explorações de bote com desembarques em ilhas e bancos de areia desertos e visitamos a ilha e casa do Aquilino, Kuna que conversou bastante conosco.

O Gustavo, estimado pupilo e parceiro recebeu ensinamentos preciosos sobre a vida, mulheres e tudo mais. Chegou menino e saiu praticamente homem feito.

Nosso mais bem guardado segredo, o esconderijo das cachaças, foi descoberto e o estoque dizimado. Tentei chorar, mas a cachaça estava tão boa, falávamos tanta besteira e ríamos tanto que não consegui. Ainda bem que sobraram algumas (poucas) garrafas de vinho para meu consolo.

Inebriado pelo charme e beleza das poderosas Jane e Adriana, propus ao Murilo e Luiz que as deixassem aqui no Pajé. Ingênuo, nem me dei conta dos olhares maliciosos que trocaram e da velocidade com que aceitaram a proposta, sem a mínima hesitação. Empolgado, corri a propor a Paula e as duas. Fiquei maravilhado com o sorriso no rosto das três e com a facilidade que aceitaram. O Gustavo também parecia não se opor. Sorrindo de orelha a orelha, enchi minha taça com um bom Rioja, recostei-me confortavelmente e já estava sonhando com os dias e noites porvir quando ouço as três poderosas já em animadas negociações sobre como e quando cada uma delas mandaria em mim, as tarefas que teria que cumprir, minha escala de trabalhos forçados, lavar louça, ir ao supermercado...

Só então percebi onde estava me metendo. Foi difícil convencer Luiz e Murilo, já celebrando a alforria, aceitá-las de volta. Custou muito, muito caro: uma garrafa de cachaça e alguns Habanos de porte.

A Paula, sempre digna e justa, não aumentou o numero de chibatadas nem diminuiu minha ração diária. Mas agora toda vez que paro pra descansar um pouquinho ela me diz em tom ameaçador: “olha que eu chamo as duas, hein”.

Valha-me meu Padim Ciço!






foto: Adriana&Luiz



foto: Adriana&Luiz

foto: Adriana&Luiz






foto: Adriana&Luiz

foto: Adriana&Luiz

foto: Adriana&Luiz

foto: Luiz


foto: Adriana&Luiz

foto: Adriana&Luiz

foto: Adriana&Luiz

foto: Adriana&Luiz



foto: Murilo

foto: Jane&Murilo

foto: Jane




foto: Jane&Murilo
foto: Jane&Murilo