Claro que tão prolongada ausência tem uma explicação, mas ela também é prolongada e chata, assim vou tentar resumir da melhor maneira possível:
O Alex voltou ao Brasil, a sogra delicia veio a N. Zelândia, passeou bastante e também se foi.
Ficamos Ana Paula e eu pensando na vida e no que fazer em seguida. Chegamos a conclusão que adoramos morar a bordo e gostaríamos de continuar fazendo isso ainda por muito tempo. Óbvio, o dindin para tanto era, e é, parte importante das considerações.
Analisamos varias alternativas, pesquisamos, discutimos, investigamos, fomos entrevistados, conversamos, negociamos e estamos de volta ao Caribe, parte II, a missão, o retorno, chame do que quiser. O nosso querido barquinho ficou na N. Zelândia e viemos os dois tripular um catamaran aqui pelo Caribe.
Esta história toda tomou os últimos meses, quando a heroína Paula conseguiu preparar tudo sozinha para deixar o barco no seco na NZ e despachar nossas tralhas de um oceano ao outro. Digo sozinha porque eu não estava lá. Fiquei no Caribe me adaptando novamente ao sol forte, calor e as cervejas geladas.
É preciso se tomar muito cuidado, afinal esse choque térmico entre sol forte e cerveja gelada é reconhecidamente perigoso. Muitos relacionamentos foram por terra pela incapacidade dos casais em lidarem com a imperiosa compulsão masculina por consumir enormes quantidades de cerveja quando necessário. A discussão sempre gira em torno do que é realmente necessário, frequência, e outros detalhes de somenos importância.
Mas a Paula, mulher máxima que é, entende isso perfeitamente e cuidou de tudo enquanto eu sofria ao sol do Caribe.
E ela não estava realmente sozinha, já que os infatigáveis Marcelo e Maura estão na NZ e a ajudaram demais, mais uma vez. E mais uma vez, muito obrigado!
Sei que sou repetitivo, mas nossos amigos também o são! São cada vez mais amigos e nos deixam encabulados com tanta ajuda. Invadimos a casa do Caco em Miami, infernizamos a Pil e o Ricardo em SP, abusamos da Gi, Hugo e Talita, enfim, demos trabalho pra todo mundo.
Como aprendi a dizer: amigos, obrigado. Não tenho palavras (nem dinheiro) para agradecer.
Junto com o trabalho todo tivemos a sorte de reencontrar no Caribe grandes amigos: o Planckton com o Fabio, Cecilia e o nosso grande novo amigo Igor, o Santa Paz com o Lucas, Sandra, Clara e Juju, o Paulo do Ubatuba, Roni do Luar e de quebra ainda conhecemos o Casulo com o João, Solange, Marina e Luana, Ephemeros com Nelson, Celia, Eduardo e Aline.
Muita gente legal! E nesse período em que estive longe da Paula, triste e desamparado, fui adotado pela turma que me ajudou alem do razoável. As coisas foram acontecendo e de repente me vi sem a Paula, sem roupas, sem lenço e nem documento. Mas com amigos.
A Solange e o João, alem de me alimentarem, me deram roupas! Peguei emprestado uma sunga do Lucas... bom, enfim, abusei de todo mundo.
Mas agora, depois dessa fase de carência e carestia, minha amada chegou da NZ e tudo está melhor.
Estamos trabalhando bastante, barco no seco, trocando e instalando equipamentos. Aquela correria entre lojas, técnicos, marinas, etc. Sujos de pó e graxa o dia todo. Uma lista enorme de coisas para aprontar.
Uma das coisas que aprendemos: não importa se é novo ou velho, plástico ou metal, grande ou pequeno, monocasco ou multicasco, vela ou motor, um barco sempre quebra. Muito!
Então estamos aqui em St Maarten arrumando mais um barco. A Paula, óbvio, está adorando.
Afinal ela é quase perfeita, só tem um defeito: não sabe escolher marido!
A temporada dos furacões está muito próxima e também a chegada do super sagui para suas férias, acompanhado pelo Wilson, João e famílias. Na programação muito kite, romance com as amadas e bagunça com a molecada.
Pajé por aí, positivo e operante! Inté.
Nova Zelandia - mar/10
Enquanto Mario e Alex divertiam-se no Brasil numa comemoração pra lá de animada do aniversário do nosso alemão, as meninas (Paula e a fiel escudeira Iraci) botavam pra quebrar na NZ.
Nos 20 dias de ausência do capitão, conferimos as amarras do bravo Pajé e... rodas pra que te quero! Auckland, Whangarei, KeriKeri, KawaKawa, Paihia, Tutukaka, Sandy Bay, Whangamumu, museus, parques, cachoeiras, cavernas, ovelhinhas coloridas, muita comilança, bate-papo e jogatina.
O Mario até que tenta complicar a vida da sogra e a cada ano escolhe um país ainda mais distante... em vão. A baixinha é incansável, vence qualquer distancia, gasta seu espanhol e inglês (e qualquer outro idioma que for necessário... até cria um novo dialeto se houver oportunidade). E o pior... continua tomando as cachaças do adorado genro!
Uma delicia. Nos divertimos muito nos programas de meninas e visitamos TODAS as lojinhas disponíveis na ilha norte.
Com o retorno do desejado Mario (pela Paula e pela sogra), o que já estava bom ficou ainda melhor. Encostamos o carrão e foi a vez do Pajé fazer a sua parte. Seguimos para a lindíssima Great Barrier e em companhia de Mari e Marcello do Saravá, visitamos a ilha. Visual espetacular e aventura na medida, assim nos despedimos da baixinha, que como sempre, deixou saudade.